O TCC como ferramenta de Educação Ambiental
Por Gleise Regina Bertolazzi dos Santos
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Por Gleise Regina Bertolazzi dos Santos (*)
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma etapa fundamental da formação técnica e também na formação de nível superior, configurando-se como um instrumento que permite ao estudante consolidar sua aprendizagem e demonstrar competências na aplicação de conhecimentos científicos e metodológicos adquiridos ao longo dos cursos. Além disso, promove o desenvolvimento de habilidades importantes para a vida profissional e acadêmica.
De acordo com Gil (2008, p. 24), o TCC, enquanto componente curricular, “é uma atividade de síntese, na qual o estudante deve demonstrar sua capacidade de articulação de conhecimentos, de análise crítica e de proposição de soluções para problemas pertinentes à sua área de formação”. Dessa forma, o trabalho exige um posicionamento ativo do discente, promovendo a autonomia intelectual, a reflexão crítica e o pensamento científico.
Severino (2007, p. 15) afirma que a elaboração de trabalhos acadêmicos requer “um compromisso com a veracidade, com a coerência metodológica e com o rigor na utilização das fontes”, características fundamentais para a produção do conhecimento científico. Por meio dessa prática, o aluno aprende a pesquisar de forma sistemática, a organizar dados e a desenvolver argumentos bem fundamentados, fortalecendo sua formação ética e profissional.
O TCC em cursos vinculados aos eixos tecnológicos de Ambiente e Saúde e de Recursos Naturais representa um componente curricular essencial na formação acadêmica, especialmente no que concerne à Educação Ambiental. Esse trabalho acadêmico permite que o estudante consolide os conhecimentos adquiridos, aprofunde a investigação científica e contribua para a reflexão crítica sobre as problemáticas socioambientais, promovendo assim o desenvolvimento de uma consciência ambiental mais integrada e atuante.
Segundo Loureiro e Corrêa (2017), a Educação Ambiental é um processo fundamental para a construção de valores, atitudes e práticas que levam à sustentabilidade, sendo imprescindível que as ações educativas estejam fundamentadas em pesquisas sólidas e contextualizadas. Nesse sentido, o TCC funciona como um espaço privilegiado para que futuros profissionais, dos referidos eixos tecnológicos, possam elaborar e aplicar metodologias educativas que dialoguem com a realidade local e global, possibilitando intervenções eficazes na formação socioambiental.
Além disso, a pesquisa acadêmica realizada para o desenvolvimento do TCC contribui para a inovação pedagógica, pois incentiva a experimentação e o desenvolvimento de estratégias didáticas que favoreçam a conscientização ambiental. De acordo com Dias (2014), o ensino da Educação Ambiental deve ir além da simples transmissão de informações, promovendo a participação ativa dos educandos na construção do conhecimento, ampliando-se através das investigações acadêmicas que o componente curricular propicia.
Outro aspecto relevante está relacionado ao fortalecimento do pensamento crítico e da capacidade analítica dos estudantes. Freire (1996) ressalta que a Educação Ambiental deve ser libertadora, estimulando o indivíduo a compreender as relações entre sociedade e natureza, questionando as práticas insustentáveis. O TCC, nesse contexto, é uma ferramenta que possibilita o desenvolvimento dessas habilidades ao exigir do aluno a sistematização do conhecimento e a proposição de soluções que possam contribuir para a sustentabilidade.
Portanto, os Trabalhos de Conclusão de Curso vinculados aos eixos tecnológicos de Ambiente e Saúde e de Recursos Naturais desempenham papel estratégico na Educação Ambiental, pois integram teoria e prática, promovem a formação de profissionais capacitados e conscientes e contribuem para a disseminação de saberes que fortalecem a sustentabilidade social, ambiental e a economia circular. Assim, o TCC não é apenas uma exigência acadêmica, mas um instrumento transformador para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
(*) Geógrafa e Pedagoga, coordenadora do Eixo Tecnológico de Recursos Naturais do Grupo de Formulação e Análises Curriculares do Centro Paula Souza (CEETEPS).
Referências
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LOUREIRO, Célia; CORRÊA, Maria. Educação ambiental: uma construção interdisciplinar. Revista de Educação Ambiental, v. 12, n. 1, p. 45-58, 2017.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Dia Internacional do Meio Ambiente 5 de Junho de 2023
Evento Organizado pelo NIEGA em conjunto com os moradores do bairro Jardim Primavera da cidade de Mogi Mirim - SP.
A programação do evento teve início com a apresentação do NIEGA e sua diretoria, reflexões sobre o meio ambiente, questões climáticas e um café comunitário, onde todos os convidados puderam interagir e participar das reflexões apresentadas.
Nessa manhã muito agradável foi possível reunir familiares e vizinhos para pensar em maneiras de cada cidadão promover transformações, partindo da sua comunidade local, para gerar mudanças positivas no meio ambiente. Pequenas ações, se efetivadas, produzem grandes resultados. Alguns exemplos foram citados: reduzir o consumo de energia elétrica, evitar vazamentos e desperdícios de água, promover a coleta seletiva do lixo, reduzir o uso de descartáveis, utilizar mais alimentos orgânicos e como propostas, melhor utilização dos espaços públicos como praças e quadras, dentre outras.
Na proposta do NIEGA em promover o evento com os moradores foi apresentar e reforçar a importância da colaboração de todos para a criação de uma comunidade "Ecoresiliente", na qual a troca de experiências e a aproximação dos vizinhos para ações conjuntas podem repercutir em mudanças ambientais favoráveis não só para o bairro mas para todo o município.
O NIEGA aproveitou o evento para contribuir com a Campanha do Agasalho, que está sendo promovida pelo Fundo Social de Mogi Mirim. A resposta do bairro foi muito positiva e tivemos várias doações para a campanha.
Veja também a reportagem sobre o evento em:
NIEGA Celebra Dia Internacional da Terra 22 de abril de 2023
O Dia Internacional da Terra foi comemorado no Município de Mogi Mirim, SP, no dia 20 de abril, em evento organizado pelo Núcleo Internacional de Educação e Gestão Ambiental – NIEGA, juntamente com Conselhos Municipais e apoio da Administração Municipal.
Celebrar o dia da Mãe Terra é celebrar a vida
Como forma de gratidão e reverência a nossa Casa Comum (planeta Terra), foram realizadas apresentações artísticas, esportivas e culturais patrocinadas por diferentes órgãos da Administração Municipal e Conselhos Municipais.
A Presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA, fez a abertura do evento e a Vice-presidente do NIEGA deu ênfase ao histórico de comemoração do “Dia da Terra”, aproveitando a data para propor o mote que se segue:
Agir mais em favor da vida
Para que essa ideia possa se tornar um propósito de cada uma das organizações e pessoas presentes no evento, o NIEGA sugeriu algumas iniciativas:
Redução do consumo de energia elétrica;
Utilização de água com critério, sem desperdício, com consciência sobre vazamentos e perdas evitáveis;
Reutilização e recuperação de objetos e materiais;
Redução ou eliminação do uso de materiais que possam causar danos ao meio ambiente (natural e construído);
Redução do consumo de produtos e alimentos que venham a causar danos à saúde e ao meio ambiente;
Promoção dos 4 R (Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar);
Arborização de espaços privados e coletivos, plantando e cuidando de árvores.
Por Marli Santos (Autora, Mestre em Educação Holística, Universidade de Toronto, Canadá)
Séries Imersivas: educação ecológica
Por Marli Santos (Autora, Mestre em Educação Holística, Universidade de Toronto, Canadá)
Niega na comemoração do dia da Terra
Por Dr. Flávio Caetano (professor doutor aposentado da UNESP de Rio Claro,
especialista em plantas medicinais pela universidade de Lavras)
Por Dr. Flávio Caetano (professor doutor aposentado da UNESP de Rio Claro,
especialista em plantas medicinais pela universidade de Lavras)
Curso de Reprodução Vegetativa
Por Dr. Flávio Caetano (professor doutor aposentado da UNESP de Rio Claro,
especialista em plantas medicinais pela universidade de Lavras)
Educação e sustentabilidade: uma abordagem integrativa e ecológica (capítulo I )
Por Marli Santos (Autora, Mestre em Educação Holística, Universidade de Toronto, Canadá)
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Educação e sustentabilidade: Pensamento Confuso (capítulo II )
Por Marli Santos (Autora, Mestre em Educação Holística, Universidade de Toronto, Canadá)
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